sábado, 8 de julho de 2017

9 Motivos para a Secessão Paulista


9 de Julho de 1932 foi o dia em que São Paulo declarou guerra ao Brasil. O objetivo disso era restabelecer o Estado de Direito no país, trazendo-lhe uma constituição. Contudo, embora todos se engajassem bravamente para proteger São Paulo, as opiniões eram divergentes em relação à permanência ou não de São Paulo na terra brasilis. Como guia do movimento, a permanência levou vantagem. 

Porém, a corrente independentista contava com figuras ilustres, como já mostramos aqui. Essas pessoas alertavam o perigo de optar pela união política com a grande ameaça que era o Brasil. E 85 anos depois, os paulistas podem sentir o quão certos essa corrente estava. A situação piorou e a Nação Paulista hoje está numa prisão desesperadora. Todavia, não devemos desprezar o sacrifício daqueles homens e mulheres que lutaram por São Paulo. Devemos nos espelhar em sua coragem e lembrar que ainda há tempo para corrigirmos os nossos erros.

Veja nesse dia especial 9 motivos para a secessão paulista:

1. Eventos Históricos
Aclamação de Amador Bueno. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva.
Para quem acha que essa história de independentismo é recente, São Paulo apresenta 5 episódios relacionados ao longo do tempo:

- Aclamação de Amador Bueno (1641)
- Guerra dos Emboabas (1707-1709)
- Revoltas Liberais (1842)
- O Separatismo do Partido Republicano Paulista (1887)
- Revolução Constitucionalista (1932)

Nem todos esses foram independentistas, porém serviram de alguma maneira para ativar o sentimento nacionalista dos Paulistas. Nota-se ainda que, embora 1932 tenha sido um evento para o restabelecimento da ordem no Brasil, havia muitos secessionistas de peso no movimento, dentre os quais estão Monteiro Lobato, Guilherme de Almeida, Alcântara Machado, Costa Manso e outros..

A história completa de cada evento está aqui.

2. Cultura e Tradições
Semana das Monções em Porto Feliz, festa que relembra os heroicos atos dos Bandeirantes que se embrenhavam pelos rios da América do Sul para colonizar o continente.
As tradições e a cultura paulista são de exímia riqueza e de uma abrangência extremamente grande. Alguns exemplos que podemos citar são: a tradicional coxinha (sim, este é um prato típico paulista), a famosa Festa do Peão em Barretos, a Sala São Paulo (apontada pelo Jornal The Guardian entre as 10 melhores do mundo), o estilo de vida caipira do interior, as histórias dos bandeirantes, dentre outras coisas.

Não podemos deixar nossa riqueza cultural se inclinar perante o estereótipo brasileiro do futebol-carnaval-samba. Nós, paulistas, não devemos permitir que essa conjunta obra intelectual do século passado, com finalidade exclusiva de forjar e forçar um "nacionalismo", ofusque nosso brio.

3. Arrecadação de Impostos

A imagem fala por si só. Dos 492 BILHÕES que são recolhidos em solo paulista, apenas 8% retornam para nós. Nossa situação é a pior do mundo em comparação aos demais movimentos separatistas, como Catalunha, Texas, Quebec, Escócia etc.

4. Representação Política

A desproporção na representação política dos estados que compõem a União é gigantesca e, pra variar, quem mais sai prejudicado é São Paulo. Para eleger um deputado federal, o voto de um paulista vale quase DEZ VEZES menos que de um roraimense. Isso mostra o descaso com que somos tratados e a subjugação a que somos sujeitos ao termos nossos interesses deixados em segundo plano por essa desproporção.

Saiba mais sobre aqui.

5. O Pacto Federativo

Rodrigo Mezommo (advogado e pré candidato à prefeito do Rio nas eleições passadas) e outros políticos e referenciais que nada têm a ver com a causa paulista já alertam sobre o grande problema que é o pacto federativo brasileiro. Este que, em tese, deveria conceder maior autonomia para os estados resolverem seus assuntos e gerirem seu orçamento, hoje é uma maquina estatal burocrática que somente atrapalha o desenvolvimento de cada região e faz com que prefeitos e governadores peçam "esmola" para Brasília. 

São Paulo precisa de autonomia e liberdade, por isso é necessário que não apenas revejamos, mas que rompamos com este pacto, dado o histórico de centralização dentro do Brasil, que a cada vez que tem um recomeço constitucional, acaba se centralizando no decorrer dos anos ou então rompendo a autonomia com golpes, como em 1930. Não se pode confiar no governo brasileiro.

6. Tendência Mundial

Em 1940 o mundo contabilizava apenas 60 países. Hoje, mais de 70 anos depois, a soma chega a quase 200. Podemos citar alguns exemplos atuais de separação como o Sudão do Sul, Kosovo e também aquelas regiões que estão próximas da secessão, como a Catalunha, dentre outros inúmeros movimentos (mais ou menos fortes dependendo do lugar) existentes por aí.

Veja mais aqui.

7. PIB

A imagem é nítida ao mostrar a discrepância econômica de São Paulo para com o resto do país. Segundo o levantamento de 2013, somos responsáveis por 32,6% do PIB brasileiro, o equivalente a 1,7 trilhão de reais. Isso nos colocaria na 20° posição mundial e à frente de países como Portugal, Islândia, Argentina e outros. 

Acreditamos na capacidade produtiva de todos os Estados da América Portuguesa, mas temos ciência de que Brasília tenta a todo custo frear o desenvolvimento de São Paulo e outros estados, já que Brasília trata muitos de nós como meras colônias. Faz-se mister que todos sejam livres pra seguir o próprio caminho, sem que uma terra distante dite as regras do que podemos ou não fazer.

8. Parques Tecnológicos e Universidades
Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, a mais antiga de São Paulo. Pintura por Cristiane Carbone.

Segundo o levantamento da Quacquarelli Symonds (QS), realizado em 2015, a Universidade de São Paulo é a melhor da América Latina, seguida da Unicamp em segundo lugar e da Unesp em oitavo. Além das universidades, São Paulo possui três parques tecnológicos localizados em Campinas, São José dos Campos e São Carlos. Isso mostra não apenas o nosso desenvolvimento, mas nosso potencial científico e tecnológico pra sermos uma verdadeira potência mundial.


Saiba mais aqui, aqui e aqui.

9. Possibilidades Futuras

Conforme visto, São Paulo tem tudo para ser um dos países mais ricos e desenvolvidos do planeta. Além de nosso potencial econômico e de nossa riqueza cultural, somos ainda pioneiros da liberdade em solo americano. Se votarmos pela liberdade de São Paulo, poderemos ter muito mais dinheiro para investimento e suprimento de nossas carências, muito mais liberdade individual, muito mais proximidade entre o eleitor e o político, rompimento com toda a burocracia e atraso brasileiro, além de uma chance única de moldarmos um país do 0 a partir de nossas preferências como povo.

E você? Gostou dos nossos motivos? Está convencido? Gostaria de adicionar mais um a essa lista? Divida connosco!

Por Lucas Pupile e Vinícius Lima

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