sábado, 7 de abril de 2018

9 Pontos Turísticos de Campinas

Campinas é uma cidade linda, isso é fato. Historicamente é uma das nossas capitais culturais e guarda muita importância dentre as cidades paulistas. Além disso, é a maior, mais desenvolvida e globalizada cidade fora da Região Metropolitana de São Paulo.

Cidade de Campinas vista do alto.
Em homenagem a essa grande metrópole, separamos 9 de seus muitos pontos turísticos. Confira-os e visite-os!

1. Estação Cultura

A Estação Cultura pelas lentes de @bymadsu.
A estação foi inaugurada em  1872, época em que Campinas era a cidade mais importante da então província de São Paulo, pra servir à Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Hoje funciona num prédio diferente de quando foi inaugurada. O prédio antigo foi demolido em 1889, pois havia sido avariado por um formigueiro que existia debaixo de suas fundações. Foi transformada num centro cultural em 2002, menos de um ano após a saída do último trem de passageiros. A data escolhida foi 11 de agosto pra coincidir com os 130 anos da viagem inaugural entre Campinas e Jundiaí.

2. Catedral Metropolitana

A Catedral num dia de sol. Imagem de @caduphotograph.
Inaugurada em 1883, também na Era de Ouro Provincial Paulista, período entre o fim do século XIX e o início do século XX, o tempo foi dedicado à Nossa Senhora da Conceição. A construção se iniciou em 1807 e demorou 76 longos anos devido a acontecimentos históricos que necessitaram da força de Campinas, como a Revolução Liberal de 1842.

Altar lateral direito da catedral. Foto de Daderot.
A obra contou com vários arquitetos, o que a faz ter elementos de vários estilos. Um dos arquitetos mandou trazer da Bahia um grupo de entalhadores exclusivos, motivo pelo qual o interior da Catedral é do estilo barroco baiano. A fachada originalmente seria barroca, depois neoclássica, depois neogótica. O arquiteto da fase final foi o paulistíssimo Ramos de Azevedo, que tratou de retomar o estilo neoclássico que permanece até hoje. Foi também ele o responsável por dotar o santuário de iluminação a gás, uma novidade pra época.

Ilustração da Catedral em 1878. Domínio Público.
Seus sinos, após mais de uma década silenciados pelos párocos, não deixaram de tocar e inspirar a fé da população nenhum dia desde 1883, nem durante as horas mais negras de 1932, quando a cidade era bombardeada.

3. Parque Taquaral

Foto em que é possível ver a Lagoa do Taquaral. Autoria de @nahlmeida.

O nome oficial do recinto é Parque Portugal, mas o bom campineiro chama mesmo é de Taquaral. Mesmo datado de 1915, a estrutura em si apenas foi oficialmente inaugurada em 1972 a partir da execução do projeto do prefeito Orestes Quércia. O parque é o mais famoso de Campinas e seu nome é uma homenagem aos luso-descendentes da cidade. Conta hoje com uma lagoa, uma concha acústica, uma linha de bonde elétrico, pistas de caminhada, um planetário, uma biblioteca, dois museus, um cartódromo, além de quadras pra diversos esportes e uma réplica da Caravela Anunciação, a nave usada por Pedro Álvares Cabral em sua primeira viagem à Índia.

Vista do parque com a caravela. Foto de @jessicaoriginal.

4. Jockey Club

O Jockey Club. Foto do blog Restaura Campinas.

Localizado na Praça Antonio Pompeo, 39, no Centro de Campinas, o prédio do Jockey Club Campineiro data de 1925 e, segundo a inscrição de tombamento, «segue o estilo eclético, com características art nouveau e elementos neorrenascentistas».

Fachada do prédio. Foto de @heliopavan.

Fachada do edifício. Imagem do site Radissonred.
Sua construção ocorreu, como diz o nome, pra abrigar o clube que promovia as corridas de cavalo em Campinas, bem como os eventos sociais da alta sociedade campineira. Após o fim das corridas na cidade, em 1974, o prédio passou a abrigar também um cartório, um restaurante e uma casa noturna.

5. Escola Preparatória de Cadetes de Campinas

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército em Campinas é responsável por preparar homens e mulheres para ingressarem na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio. Sua colocação nessa postagem não é devido a isso, porém.

Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Foto de Cidade e Cultura.
A escolha da escola se deu por seu edifício, e não por sua função, já que repudiamos a ocupação brasileira em São Paulo.

Iniciado em 1944, o projeto foi da autoria do engenheiro-arquiteto Hernani do Val Penteado e é um dos poucos edifícios em São Paulo que segue o estilo colonial espanhol. 

Vista do repositório de água em frente à escola. Foto de Rosefigdo.
Pintado de salmão, o prédio se assemelha a um forte espanhol e tem detalhes brancos, tal como as primeiras construções coloniais da coroa de Castela na América. Ainda contém obras de arte, como pinturas e esculturas, em seu acervo.

6. Torre do Castelo

A Torre do Castelo. Foto do site O que fazer em sua viagem.
A torre de 27 metros foi construída no fim dos anos 30 no estilo Art Deco. Quando construído, representou um grande avanço na expansão campineira. Na época da construção, a região era quase que inabitada e possuía ruas de terra! Em cada uma das suas seis amuradas existem informações sobre a região avistada daquele local. Ainda é possível ver a cidade de Jundiaí a partir do mirante.

Amurada a sul-sudoeste: vê-se a Avenida Andrade Neves, o Botafogo no fundo do vale, o Centro em seguida. No início da avenida, está a antiga estação ferroviária e próximo dali, a moderna rodoviária, além de vários bairros da Região Sul (Parque Prado, São Bernardo, etc.). Foto de @fasouzafreitas.

7. MIS Campinas

Palácio dos Azulejos. Foto de Cidade e Cultura.

O Museu da Imagem e do Som de Campinas é uma instituição pública que visa preservar e mostrar ao público áudios, vídeos, músicas, negativos, slides, discos, fitas e objetos relacionados à história e à cultura de Campinas. Periodicamente, o museu realiza cursos gratuitos, palestras e exposições, incentivando a educação patrimonial na cidade. 

O interior do palácio. Foto de Cidade e Cultura.
É sediado no Palácio dos Azulejos, um edifício datado de 1878, construído se utilizando de várias técnicas arquitetônicas, dentre elas a taipa de mão e de pilão características das residências paulistas de então. Na parte superior, é decorado com azulejos portugueses que dão um toque ibérico ao prédio, além de lustres franceses e cristais belgas pras janelas.

8. Parque Ecológico de Campinas


Tulha do Parque. Foto de Raphael Henrique Nogueira.
Oficialmente nomeado Parque Ecológico Monsenhor Emílio José, o lugar fica no leste de Campinas. A área de 110 hectares teve como projetista o urbanista Burle Marx, que fez a adequação do local. Inicialmente propriedade do Governo de São Paulo e, posteriormente, propriedade conjunta do estado com a prefeitura, o parque é desde 2013 de inteira responsabilidade da cidade de Campinas.

O casarão do parque. Foto de Raphael Henrique Nogueira.
Conta com quadras poliesportivas, área de brincar e de fazer piqueniques, estacionamentos e também com o Museu Histórico Ambiental. Nos domingos costuma receber uma feira de produtos orgânicos.


9. Bosque dos Jequitibás

Panorama do Bosque. Foto de Carlos Bassan.

Anteriormente chamado de Campo das Caneleiras, o Bosque dos Jequitibás é um dos mais antigos pontos de recreio da cidade. No século XIX, a área pertencia a Francisco Bueno de Miranda, que resolveu transformar o local num parque pra usufruto da população. Foi o arquiteto Ramos de Azevedo que adaptou a área ao conceito de jardim inglês ao adicionar ao parque um restaurante, um chalé e outras construções.

O interior do parque pelas lentes de Raf Ferreira.
A região foi comprada pela prefeitura em 1915 e hoje recebe mais de um milhão de visitantes anualmente. Além de tudo, conta com 2,33 hectares de mata atlântica nativa, com o Aquário Municipal, com a Casa do Caboclo (moradia caipira ancestral edificada em pau-a-pique), com um minizoológico, com um teatro infantil e com o Museu de História Natural de Campinas.

Por Lucas Pupile

Nenhum comentário:

Postar um comentário