terça-feira, 23 de maio de 2017

13 Curiosidades sobre os Bandeirantes


Embora pouco reconhecidos pelo mundo, os Bandeirantes foram os maiores exploradores não-oceânicos de que a nossa espécie já teve notícia. Tal como os antigos fenícios, os vikings ou os primeiros ibéricos (portugueses, bascos, castelhanos etc.) que se lançaram ao desconhecido com as poucas ferramentas que tinham, os Bandeirantes empreenderam conquistas sem as quais a humanidade não seria a mesma nos dias de hoje.


Partindo do leste do atual São Paulo, enormes grupos de brancos, caboclos e índios seguiam pelas matas pouco exploradas em busca de riqueza e dignidade perante as dificuldades que se lhes apresentavam numa capitania jogada à própria sorte. Essas aventuras são conhecidas como Bandeiras e Monções e duraram três longos séculos, construindo um legado que ainda pode ser observado hoje.

Em relação às expedições dos nossos antepassados, o francês Auguste de Saint-Hilaire declarou:
«Depois que se conhecem os pormenores das jornadas intermináveis dos antigos Paulistas, fica-se como estupefato e levado a crer que esses homens pertenciam a uma Raça de Gigantes.»
Então, hoje lhes trazemos algumas curiosidades sobre aqueles que foram partícipes desse fenômeno de conquista e expansão.

1. O PRIMEIRO BANDEIRANTE FOI UM PORTUGUÊS QUE ESCOLHEU SER PAULISTA
Estátua em homenagem a João Ramalho em Santo André. Créditos: My Heritage.
O primeiro bandeirante foi o marrano João Ramalho, que foi o responsável pelo começo da colonização do Planalto de Piratininga, onde hoje se situam as cidades de São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul e outras. 

Ramalho era casado com Bartira, mulher pertencente à realiza tupiniquim e esse casamento representou a união entre a Europa e a América, que daria origem aos Paulistas. A partir disso, os inimigos dos portugueses tornaram-se inimigos dos tupiniquins e os inimigos dos tupiniquins tornaram-se inimigos dos portugueses. Nos anos seguintes, ambos os povos se entrelaçaram tanto que deram origem a um novo, o Paulista, fruto da união de dois continentes. Razão essa pela qual João Ramalho é considerado o Pai dos Paulistas, ao passo que Bartira é a mãe.

2. VALENTES, ESSES HOMENS AUMENTARAM OS TERRITÓRIOS DO IMPÉRIO PORTUGUÊS

Seja em nome do Reino de Portugal ou como aventuras privadas, as Bandeiras levaram as fronteiras lusitanas até além dos tratados estabelecidos no século XV com o Reino de Castela. Assim, pode-se dizer que Portugal foi tão poderoso por causa dos Bandeirantes, que em busca de riquezas para si, acabaram enriquecendo a Corte. 

3. ELES VIVIAM NUMA GUERRA CONSTANTE COM OS JESUÍTAS

Os Bandeirantes, Henrique Bernardelli, 1889.
O que se sabe com certeza é que os jesuítas odiavam os Paulistas e o ódio era recíproco. Já quanto aos motivos, os historiadores discordam entre si. Boa parte deles diz que os jesuítas defendiam os direitos dos índios para que os pudessem converter e os Bandeirantes os violavam para que os pudessem ter como servos, fazendo-os assim inimigos por causa dos distintos interesses. 

Já outra parte dos historiadores defende que esse não era o único motivo. Jaime Cortesão e Anita Novinsky defendem que o motivo era que os jesuítas viam os Bandeirantes como sujos devido às suas origens marranas. Sendo assim, discordavam deles em tudo e os tentavam eliminar a todo custo. Durante o domínio castelhano, a Inquisição se abateu sobre os Paulistas e quase consumiu com Raposo Tavares. Quando da restauração da independência de Portugal, o inquisidor-mor de Lisboa chegou a ser contra o restabelecimento do Reino, pois assim a Inquisição não poderia perseguir os Paulistas.

Contam ainda que é um mito essa imagem doce dos jesuítas, já que esses também usavam indígenas como escravos.

Ainda em relação a essa peleja, há o fato de que na iconografia das Missões, o diabo era representado como um Bandeirante Paulista, com barba e roupas típicas, para que os índios soubessem quem era o inimigo. Mas tudo isso você pode conferir melhor nesse artigo

4. SEU IDIOMA ERA O PAULISTA
As rotas do Português Paulista, da Revista Pesquisa Fapesp.
Embora falassem português e muito provavelmente também castelhano, os maiores sertanistas de São Paulo se comunicavam sobretudo em Língua Geral Paulista, idioma híbrido de tupi com português e outras línguas latinas. Eles só pararam de falá-lo com a proibição do Marquês de Pombal no século XVIII.

E é por causa desse idioma que o sotaque caipira no português está espalhado por muitos lugares da América Portuguesa.


5. ELES FUNDARAM MUITAS CIDADES POR ONDE PASSARAM
Laguna, Santa Catarina. Créditos na foto.
Existem inúmeras cidades espalhadas pela América Portuguesa que foram fundadas pelos Bandeirantes. Algumas delas são Salto, Itu, Porto Feliz, Ouro Preto, Mariana, Ladário, Goiás Velho, Laguna e outras.
6. E ESPALHARAM A CULTURA PAULISTA PELA AMÉRICA DO SUL
Imagem da Paulistânia confeccionada por Vinícius Lima, da equipe OSP
Os Bandeirantes percorreram a América em busca de riquezas e aumentaram as fronteiras paulistas. Por causa disso, a nossa cultura foi levada pra outros lugares e está presente hoje em muitos estados da América Portuguesa, como Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e outros. A região construída por eles pode ser chamada de Paulistânia ou de São Paulo Grande.

7. OS PRIMEIROS BANDEIRANTES VIERAM PARA SÃO PAULO PARA FUGIR DA SOMBRA DA INQUISIÇÃO
A pesquisadora Anita Novinsky em imagem da Folha de São Paulo.
Segundo a pesquisadora polonesa Anita Novinsky, boa parte dos Bandeirantes eram judeus ou cristãos novos que haviam saído de Portugal para se manter longe da Inquisição. Esses homens trataram São Paulo como a Terra Prometida, onde poderiam enfim ter a liberdade que lhes fora negada.


8. UM DESSES HERÓIS REALIZOU UMA DAS MAIORES FAÇANHAS DE QUE A RAÇA HUMANA TEM REGISTRO
Retrato de Raposo Tavares. Foto original no site História de Salto.
Em maio de 1648, o recém independente Portugal chamou o ilustre Dom Raposo Tavares para cumprir uma missão para a Coroa, porém parte dela permaneceu durante muito tempo em segredo. O objetivo oficial era reconhecer pontos com metais preciosos, e a parte secreta era identificar o território sul-americano de modo a apontar os locais mais vitais e importantes para Portugal tomar posse colonizando-os. 

Partindo de São Paulo pelo Rio Tietê com 200 paulistas e mais de 1000 índios, atingiram o Mato Grosso, em seguida rumando pelo Rio Paraguai alcançando o Peru até Quito, a capital do Equador, depois seguindo ainda a Belém do Pará, em 1651. Devido à perseguição dos espanhóis, apenas 59 paulistas e alguns poucos índios conseguiram chegar ao destino final, mas a missão foi cumprida. Entrou para a história como A Bandeira dos Limites ou A Grande Marcha Paulista.

A realização dessa empresa o deixa na lista dos maiores exploradores que o mundo já conheceu, tendo ele percorrido uma distância maior que a que Marco Polo calcorreou desde Veneza até a China.

9. CADA CAMINHO ABERTO POR ELES SE TRANSFORMOU NUMA ESTRADA NOS DIAS ATUAIS
Analogia entre os Bandeirantes e o progresso de São Paulo.

As principais rodovias de São Paulo - Anhanguera, Bandeirantes, Raposo Tavares e Fernão Dias - seguem a direção para onde se seguiam as Bandeiras. A Anhanguera segue para Minas Gerais e Goiás, tal como era o destino de Bartolomeu Bueno. A Raposo Tavares segue para o Mato Grosso do Sul, terra para a qual se deslocou o bandeirante de mesmo nome quando da época da Bandeira dos Limites. Da mesma maneira é a Fernão Dias, que segue para onde seguia o bandeirante de nome correspondente.

Na seguinte foto é possível perceber o que estão iluminados as veias bandeirantes de São Paulo. 



Litoral Atlântico da América do Sul. 

10. ENQUANTO ESTAVAM FORA, A SAUDADE ERA CONSTANTE EM SÃO PAULO DE PIRATININGA
Saudade, 1899. Obra do pintor Almeida Júnior.
É fácil imaginar o motivo do espírito das Bandeiras ter permanecido nos Paulistas mesmo após séculos. Por vezes, tantas Bandeiras saíam de São Paulo de Piratininga que a população se reduzia a mulheres, padres e idosos. A saudade era um sentimento constante, assim como a incerteza.


11. ELES NÃO PERCORRIAM APENAS DISTÂNCIAS TERRESTRES
Mapa das Rotas Monçoeiras, confeccionado por Vinícius Lima, da equipe OSP.
Muitas expedições partiam pelo rio Tietê rumo ao interior do continente. A última fase do Bandeirismo é conhecida como Era Monçoeira. Nessa época, centenas de homens partiam da cidade de Porto Feliz e seguiam por caminhos penosos nos rios que cortam a América Portuguesa. 

12. COM OS AMIGOS NATIVOS APRENDERAM HABILIDADES QUE OS AJUDARAM A PERCORRER GRANDES DISTÂNCIAS

O Bandeirante Domingos Jorge Velho, de Benedito Calixto. 
Diz Sérgio Buarque de Holanda em Caminhos e Fronteiras que os Bandeirantes tinham algo que os seus colegas do reino repudiavam, que era a capacidade de absorver práticas e costumes indígenas e usá-los para a sobrevivência nessa nova terra. A despeito da reprovação, foi só graças a isso que conseguiram empreender feitos tão extraordinários rumo ao interior dum sub-continente que somava quase duas Europas.

Dentre essas habilidades nativas de que se dispunham os Bandeirantes estavam a capacidade de identificar a utilidade das plantas pelo cheiro e pelo gosto, bem como saber quando se aproximavam animais e inimigos apenas pelo som distante e também um senso de orientação estupendo, com o qual conseguiam traçar mapas não só no papel, mas também com os materiais que se dispunham nas matas. Assim, sabiam que rios eram irregulares e que tipo de desafios geográficos poderiam encontrar pelo caminho.


13. ESSES HOMENS ATÉ HOJE SÃO GLORIFICADOS NOS RINCÕES CONSTRUÍDOS POR PAULISTAS
Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret, na Capital Paulista. 
Existem homenagens aos Bandeirantes em toda a Nação Paulista e também nos territórios que um dia a compuseram. Em SP, todas as principais rodovias homenageiam os Bandeirantes, conforme o caminho que percorreram. A sede do governo paulista é o Palácio dos Bandeirantes e as avenidas das cidades muitas vezes são batizadas com o nome deles. Em Goiânia, São Paulo e outras cidades existem várias estátuas de devoção aos pioneiros.

A Herança

Diante de todas essas informações, podemos concluir que São Paulo só existe hoje do jeito que é graças a esses pioneiros que se aventuraram pelo desconhecido, desafiando as circunstâncias e construindo algo que sobreviveu por gerações. A eles também devem muito o Império Português e o Brasil, pois sem suas conquistas, esses menos seriam.

Não é de se surpreender o que outrora disse o governador português António Pais de Sande acerca dos Paulistas: 
«São briosos, valentes, impacientes da menor injúria, ambiciosos de honra, amantíssimos da sua pátria, benéficos aos forasteiros e adversíssimos a todo ato servil, pois até aquele, cuja muita pobreza lhe não permite ter quem o sirva, se sujeita antes a andar muitos anos pelo sertão em busca de quem o sirva, do que a servir a outrem um só dia.»
Sobre a Historiografia Bandeirante ainda há muito que se descobrir e discutir, pois é um período pouco estudado para o tamanho de sua importância. Mas aos poucos, conseguimos compreender a importância dessas façanhas que, segundo Taunay, não encontram similares na história de qualquer povo que já tenha habitado esse pequeno globo.

Bibliografia

CORTESÃO, Jaime. Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil in Obras Completas, vol. 9, Portugália Editora, 1958.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
MELLO, J. S. Emboabas. São Paulo: Governo do Estado, 1979, p. 40-42
NOVINSKY, Anita. A “Conspiração do Silêncio”: uma história desconhecida sobre os Bandeirantes Judeus no Brasil (Acesse aqui: http://migre.me/vdljh)
TAUNAY, Afonso d'Escragnolle. História das Bandeiras Paulistas, 2012.

- Lucas Pupile



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31 comentários:

  1. Maravilhoso artigo meu Amigo, vamos repercutí-lo.

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    1. Muito obrigado, André Luiz! Quanto mais Paulistas conheçam a nossa história, mais sucesso São Paulo terá.

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  2. Onde esta enterrado o Joao Ramalho???

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    1. Acredito que não há informação sobre isso porque ele foi excomungado pela igreja.

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  3. Precisamos explorar a historia deles

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    1. Ainda temos muito que contar por aqui! Cada dia teremos mais artigos com mais informações sobre a nossa gloriosa história.

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  5. Saudações. Excelente artigo. Parabéns! É só observar aquela foto noturna tirada do espaço, para obervar onde há desenvolvimento e onde há atraso. Aproveito para perguntar. O monumento as bandeiras foi atacado umas três vezes. Alguém poderia me explicar o objetivo disso na agenda revolucionária comunista/marxista? Desde já obrigado.

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    2. querido as luzes mostram densidade demografica e nisso duas zonas se destacam na america portuguesa a megalopole de sp e o saliente que concentra 4/5 capitais

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  6. Me fez viajar ao meu Grupo Escolar, quando aos 9 e 10 anos de idade aprendi a VERDADEIRA história do Brasil. Hoje a história nas escolas é outra. Uma pena porque aprendi a ter os Bandeirantes como heróis desbravadores. Parabéns pelo artigo. #SEPARASÃOPAULO

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    1. Obrigado! A OSP se dedica a escavar a importância civilizatória dos Bandeirantes e mostrar à população paulista.

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  7. Leio muito à respeito dos Bandeirantes e essa matéria realmente foi mais além, parabéns pelo conteúdo diferenciado.

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  8. O que se aprende e se ouve falar sobre os bandeirantes é muito pouco, comparado à sua importância histórica. Este artigo, embora pequeno, me informou muito mais do que os anos de escola e as coisas que li na mídia. A maioria dos brasileiros tem um conhecimento superficial e não valoriza a bravura desses homens. Obrigada por essa colaboração.

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    1. Eu que agradeço pela leitura, Maria José! Esperamos que nosso trabalho cada vez mais mostra às pessoas a importância dos homens e mulheres do tempo das Bandeiras.

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  9. Parabéns pelo importante artigo histórico. Sou de Camapuã (MS), justamente onde os bandeirantes e monçoeiros transpunham 13 quilômetros de rota terrestre, na denominada Rota das Monções, da cabeceira do Ribeirão Capim Branco (alta cabeceira do Rio Pardo/Bacia do Paraná) para o Ribeirão Camapuã (alta cabeceira do Rio Coxim/Bacia do Rio Paraguai). Gosto de estudar essas histórias, pena que o Estado (União, Mato Grosso do Sul e município de Camapuã) não valorizam isso.

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    1. Vergonha por qual motivo?
      Diz ter vergonha, por possíveis três razões:
      1. Você NÃO é Paulista de verdade;
      2. Você nem leu metade do texto;
      3. Só está querendo chamar atenção, por saber muito bem do que se trata o blog.

      Qualquer coisa, lembre-se que as fronteiras paulistas estão sempre abertas para você sair quando quiser, assim deixará de ser Hipócrita, Ingrato e Emboaba e dará mais espaço aos Paulistas DE VERDADE e às pessoas que realmente merecem desfrutar dos benefícios paulistas, que é e sempre foi o melhor do Brasil.

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    2. querido ha paulistas natos nao emboabas reds que veem bandeirantes como genocidas

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    3. é facil vencer aquelas tribos dispersas no deep mainland sudaca mas quando enfrentaram outra tribo mais civilizada em minas os luso salientinos e baianos emboabas perderam como 30-32 kk e mesmo hoje o contingente de sp depende do sangue emboaba nascido em sp pois o sangue colonial e italiano tao minguando o italiano nem é nato como o tuga da colonia misturado com guarani

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    4. Paulistas? Aqueles que só tiveram a sorte de nascer em São Paulo, né? Tipo Ciro Gomes e Jair Bolsonaro?
      Nenhum paulista de verdade vê bandeirantes como "genocidas", paulistas natos primeiramente conhecem a própria história, respeitam e valorizam os homens que os defenderam por décadas.

      Eu mesmo fui muito doutrinado a desrespeitar os bandeirantes durante a infância, mas graças a Orgulho de Ser Paulista, aprendi a valorizar minha própria história, e para sua infelicidade, muitos de nós vamos ressuscitar a identidade cultural paulista, pouco a pouco ela vai voltando.

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    5. Tem muitos ítalos-paulistas que são paulistas natos sim, Victor Brecheret por exemplo, enquanto imbecis de outros estados ficam de mimimi querendo apagar o legado bandeirista de São Paulo, sendo que é a nossa história, Brecheret foi um italiano de Lácio que construiu um dos maiores monumentos referente aos bandeirantes.

      E São Paulo nunca dependeu de sangue emboaba, eles que dependem de São Paulo, se fosse o contrário, não viriam aos montes atrás de empregos e melhor qualidade de vida.

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    7. comentários assim já foram desmentidos por muitos amigos paulistas que tenho, são paulo foi construido por pessoas vindas de muitos estados, e uma coisa, os mineiros não dependem de são paulo, temos que parar de nos dividir entre ser de uma região e de outra, tenho parentes em diversas regiões do pais, minha tia é paranaense, minha prima é paulista nascida mas a mãe veio da bahia e o pai dela que é meu tio, nasceu em minas gerais.

      Temos que parar com isso, seja nascidos em minas, são paulo ou qualquer estado que for, não importa, no final somos todos Brasileiros.

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  12. Desde quando os paulistas levaram o português pro interior do nordeste? Muito iludidos, o que ocorreu dos paulistas no nordeste foi um sertanismo de contrato por parte de bandeirantes baianos para ajudar a explorar o sertão em busca do ouro, e junto com eles, foram centanes e centenas de vaqueiros colonizar o interior e cuidar do gado no sertão, e assim se expandiu o português

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    1. Não que não seja verdade, mas quem disse que os bandeirantes levaram o português para o interior do nordeste do Brasil? Logo eles que se comunicavam na língua paulista? Exemplo de Domingos Jorge Velho, que contribuiu pela destruição do Quilombo dos Palmares, o bandeirante praticamente nem falava português.

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    2. "Bandeirantes baianos", outra coisa que nunca existiu. São só sertanistas mesmo, como João Gonçalves da Costa, que trabalhava para Portugal na Bahia. Bandeirantes são nossos sertanistas da Paulistânia.

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