(A imagem que abre essa matéria é da fazenda da Cutrale, em Matão. Foto de Sustainable Juice.)
Quão grande é a nossa importância?
São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar e de laranja do mundo (representando 56% da produção mundial). Na safra 2015/2016, das 367,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar produzidas na América Portuguesa, 55,2% foram de origem paulista. Além disso, dos 14,7 bilhões de litros de etanol e 21,3 milhões de toneladas de açúcar produzidos pelo país, contribuiu com 48,5% e 63,6%, respectivamente. Essa grande geração de produtos ligados à cana-de-açúcar se dá pela grande industrialização da Nação Paulista e por termos a mais avançada tecnologia no uso da cana, como, por exemplo, na produção de biocombustível.
Pin-up representando a mulher paulista na agricultura, em obra de Vicente Caruso. |
São Paulo detém 18% das exportações do país, tendo alcançado U$ 15,88 bilhões em 2015. Já as propriedades rurais paulistas ocupam cerca de 20,5 milhões de hectares, fazendo de São Paulo o maior produtor local de amendoim, contando com cerca de 84,5% de todo amendoim produzido na América Portuguesa; de Limão (67,8%), Laranja (64,63%), Caqui (59,45%) e Borracha látex (58,4%). (IBGE 2012)
Destacamo-nos também pelo cumprimento dos regulamentos e normas sanitárias e das leis ambientais e trabalhistas. Possuímos uma das maiores bolsas operando com commodities agropecuários, a «Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros» (BM&FBOVESPA), sediada na capital. Deve-se destacar que detemos umas das principais feiras agropecuárias do mundo, a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), conceituada como uma das principais vitrines mundiais em termos de inovação tecnológica de máquinas agrícolas. Algo que facilita todo o trabalho agropecuário é a presença de multinacionais especializadas nesse tipo de equipamento, como a AGCO/Valtra (Mogi das Cruzes), a John Deere (Indaiatuba) e a Catterpillar (Piracicaba).
Agrishow em Ribeirão Preto. Foto de G1. |
É importante ressaltar um estudo recente da Embrapa, do Dr. Evaristo de Miranda, Chefe-geral da «Embrapa Monitoramento por Satélite», que concluiu que a Agricultura é a principal responsável pela preservação do meio ambiente no Brasil, dizendo ainda que se surpreendeu com dados de São Paulo (cuja agricultura remonta ao século XVI), onde 15,5% da área está preservada nos imóveis rurais e 23% da área da agricultura do estado é destinada às áreas de preservação. Toda essa conservação legal que ocorre no Brasil foi trabalhada e executada por agricultores, sem incentivo monetário do governo, que apenas exigiu que essas terras fossem resguardadas de exploração. Isso derruba a tese de que o agronegócio em SP é o grande vilão do meio ambiente.
Há que se observar também que todos os avanços tecnológicos da América Portuguesa no Agronegócio não seriam possíveis sem a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), que recentemente foi classificada pela U.S News, como a 5ª melhor Universidade do mundo em Ciências Agrárias.
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Créditos na foto. |
A despeito de todas as crendices populares dos brasileiros, São Paulo é considerado a unidade federativa mais competitiva do agronegócio brasileiro e isso se deve principalmente pelo ambiente macroeconômico, que engloba o mercado interno, externo, a infraestrutura ímpar de São Paulo (como, por exemplo, o índice de 23 quilômetros de autoestradas para cada 1000 km², enquanto que na União Europeia e nos Estados Unidos o índice é de 17 e 11, respectivamente, além da presença de terminais intermodais e de um dos maiores portos do mundo, o de Santos - que também é o principal porto para o escoamento da safra de estados brasileiros, junto ao de Paranaguá) e a grandeza econômica da Nação Paulista.
Mercado consumidor
Tudo que é produzido aqui se destina a atender não só o grande mercado consumidor paulista (44 milhões), mas também o brasileiro (160 milhões), além de boa parte ser também destinada à exportação.
A Cutrale (Araraquara), por exemplo, é uma das principais empresas no ramo de sucos, controlando um terço do mercado mundial de suco de laranja, também atuando na distribuição de maçãs, limões, pêssegos e soja. A empresa conta com terminais e navios próprios, não só para a exportação em Santos, mas para a importação noutros países, como os Estados Unidos e Japão.
Embarque de milho num dos terminais do corredor de exportação, em Santos. Créditos: Jornal A Tribuna. |
Já a Raízen (São Paulo/Piracicaba) é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar no continente e a maior exportadora de açúcar no mercado internacional.
Toda essa produção é alavancada
pela enorme expressividade da nossa agroindústria, graças à presença de
tecnologia de ponta desenvolvida e/ou aplicada por nós, sendo que a Nação
Paulista abriga a mais antiga e estável estrutura de pesquisa e desenvolvimento
da América Latina nesse setor, com órgãos que engendram inovações tecnológicas
que vêm permitindo a ininterrupta evolução da produtividade agropecuária e
agroindustrial.
A partir das informações aqui colocadas, podemos perceber que a verdade é o exato oposto daquela frase que apregoam os brasileiros, já que o Brasil é considerado uma potência agricultural apenas por contar como seu aquilo que fazem e produzem os Paulistas. São Paulo como país já nasceria potente nessa área e teria muito que crescer, pois sabe muito bem aproveitar as vantagens dum mercado aberto e das parcerias comerciais e tecnológicas.
Fontes: Investe SP, G1, Exame, Bloomberg
Fontes: Investe SP, G1, Exame, Bloomberg
Autor convidado: Luciano Garcia Brescansin, graduando em Agronegócio pela Universidade Federal de Viçosa.
Co-autores: Lucas Pupile e Thales Veiga, da Equipe OSP
Acesse nossa loja para que você possa exibir o teu Orgulho de Ser Paulista!
https://orgulhodeserpaulista.lojaintegrada.com.br/
Parabéns, São Paulo...impossível ler isso e não ficar imaginando como será São Paulo como um país independente....
ResponderExcluir